Identidade Social
Gênero, cargo de trabalho, classe social, estado civil. Todos esses são exemplos de identificação usados pelos indivíduos perante a sociedade. A identidade social é formada além desses títulos, pela noção individual e sentimento de pertencimento em categorias sociais específicas e o modo como o seu “eu” é visto pelos outros. Esta identidade é um composto entre indivíduo e sociedade, atribuindo valores diferentes a significações diferentes. Assim um médico e um engenheiro têm identidades sócias diferentes, empenhando diferentes funções que levam a significações distintas, mas isso não significa que um é mais importante que o outro.
Nas décadas de 60 e 70, a identidade social tinha pluralidade, ou seja, indivíduos pertencentes da mesma classe social se identificariam da mesma forma. O social predominava sobre o individual e o pressionava a permanecer comum a identidade dos outros. Isso fazia com que a identidade fosse mais estática e não sofresse mudanças repentinas, a fim de o padrão ser constante. Contudo, nos anos atuais considerados pós-modernos, por alguns, a quebra de paradigmas sociais fizeram da identidade individual mais dinâmica, influenciada pelas relações sócias entre os indivíduos dessa mesma sociedade. Desse modo, influências religiosas, de classe ou política perderam seu sentido, pois a identidade social é definida por suas experiências individuais e escolhas.
A forma de identificação pode ser dividida em duas partes, a “adquirida” e a “atribuída”. Mario Ribeiro Martins, autor do artigo “A Identidade Social”, emprega esses dois termos em seu texto e exemplifica a identidade atribuída da seguinte forma: “A identidade social do homem branco que não pode se tornar preto ou de preto que não pode se fazer branco”; ele conceitua a identidade atribuída como algo que não pode ser mudado por escolha do indivíduo e que nem foi aplicado a ele por experiências anteriores, o indivíduo é o que é – “o príncipe que é príncipe, porque o pai é