Identidade Social
A presente análise teve como tema a identidade e a multiplicidade de papéis que o sujeito vivência ao longo de sua história de vida.
Assim o homem se constitui, a partir de um suporte biológico que lhe dá condições gerais de possibilidades (próprias da espécie Homo Sapiens) e condições particulares de realidade (próprias de sua carga genética). No entanto, as características humanas historicamente desenvolvidas se encontram objetivadas na forma de relações sociais que cada indivíduo encontra como dado existente, como formas históricas de individualidade, e que são apropriadas no desenrolar de sua existência através da mediação do outro. (Sève, apud Jacques, 1998, p. 162).
Portanto a identidade pode ser entendida como uma forma sócio histórica de individualidade não inata do indivíduo. O contexto social oferece as mais diversas alternativas de identidade e esta é constituída na singularidade das relações com outros homens. Os acontecimentos da vida de cada pessoa e sua relação com o outro, formam uma imagem de si para o indivíduo que vai sendo modificada, alterada, nas experiências de troca com as instituições sociais (família, religião, amigos, escola, trabalho, entre outras.).
A identidade é um ponto de partida uma referência, a partir do qual o indivíduo cria uma imagem de si, de caráter mais restrito e esta não pode se limitar ao conceito de autoconsciência ou auto-imagem.
A identidade é o comportamento, a ação e não a entidade que rege o comportamento, ela é constituída na multiplicidade de papéis, na execução de um papel social.
A identidade pessoal é ao mesmo tempo social, pois o homem só se vê como homem se os outros assim o reconhecerem e é neste jogo de papéis e reconhecimento que o homem vai criando, configurando sua identidade.
Tendo como suporte essa breve reflexão de identidade, este estudo utilizou como instrumento para pesquisa e para análise interpretativa, a história de vida de um personagem que através de suas