Humano

Seminário de Ensino – “Toda pessoa é humana?”

Quero começar minha fala propondo um resgate ao conceito de pessoa. Talvez vocês já tenham ouvido falar que ele se relaciona com o teatro, quando os atores usavam máscaras para interpretar papéis que não correspondiam ao que eles de fato eram, ou seja, quando interpretavam indivíduos em atitudes frente a situações fictícias. A origem mais remota da palavra "pessoa" é o grego prósopon (aspecto) de onde passou ao etrusco phersu, com o significado de ‘aí’. A partir dessa palavra, os latinos denominaram ‘persona’ as máscaras usadas no teatro pelos atores, e também chamaram assim aos próprios personagens teatrais representados. Em latim ela significa o ato do ator, mediante uma abertura na máscara entorno da boca, representar pelo som [per+sona] de sua voz, uma personagem. A origem do ser da pessoa pode ser entendida de dois modos, um que diz que o ser humano só possui personalidade a partir do momento em que nasce com vida (separação do nascituro do corpo da mãe) e outra que afirma que o ser humano possui personalidade a partir do momento da concepção, ou seja, da união do espermatozóide com o óvulo. E nisso o conceito de pessoa parece se confundir ao conceito de ser ou espécie humano. Atribui-se inúmeras características a pessoa como: ser capaz de pensar por si, ser capaz de fazer ou não segundo a sua vontade, assumir as conseqüências daquilo que faz, ser único e inconfundível no seu tempo e local de existência, estabelecer laços com outras pessoas e com o mundo pela comunicação. E todas elas supõem um movimento da pessoa no mundo, um tipo auto-afirmação quando consideramos que alguém só pensa por si caso se disponha a pensar, só se responsabiliza por enxergar-se participante nas causas e conseqüências do que faz, só é Flamenguista por participar gostar de futebol ou do time, e assim por diante. Falando um pouco mais sobre o que é ser humano, podemos dizer que em primeiro lugar o homem é espécie, é animal e