Antropologia sociocultural: o campo do saber e o fato social.
Considerações iniciais
O texto que segue é uma síntese de temas estudados na aula de antropologia sociocultural, voltada para o curso de psicologia. Está alicerçado em materiais expostos pelo professor, utilizados na classe e discutidos com os alunos, abrangendo a história da antropologia.
No transcorrer do trabalho, serão abordadas conceituações acerca da antropologia e suas referências ao longo dos tempos, em perspectivas cultural, social e psicológica. Haverá referência às subdivisões existentes desse estudo do homem como provedor de conhecimento, sua evolução e compreensão. Além disso, discorre-se a respeito dos choques culturais que causaram “estranhamento” entre diferentes culturas.
Evidenciando, como base a comunicação e as heranças culturais para a identificação da cultura, para manifestar o simbólico, através de papéis culturais representados pelos indivíduos, que resgatam em seus atos, sua memória, tudo o que lhes foi introjetado.
Antropologia: Histórico e subáreas do saber.
Em algum momento, ao longo dos anos, homens e mulheres refletiram sobre o motivo que os levou a agir de uma maneira e não de outra, teorizando sobre os atos praticados. Podemos dizer que a “reflexão antropológica” teve início com Heródoto, no livro “História”, onde questionava o motivo das diferenças entre os povos por ele abordados. Heródoto é considerado o “pai da antropologia” por alguns antropólogos, pois foi o primeiro a redigir o estranhamento, no livro mencionado anteriormente, que é o mais antigo existente, mais precisamente, no século V a.C.
A essência da reflexão antropológica tem sua essência identificada no “estranhamento”. Os nativos das terras “descobertas” foram percebidos pelos navegadores europeus de formas diferentes, alguns agiram com repugnância e recusa, outros os enxergavam como descendentes de Adão e próximos a pureza do paraíso, fascinados pelo estranho. Alguns europeus seguros