A eugenia foi uma ciência criada em fins do século XIX tendo como objetivo um melhoramento genético e étnico da humanidade. A idéia principal era que a humanidade poderia ser dividida em dois grupos de indivíduos: aqueles geneticamente corretos, fortes e belos; e aqueles considerados defeituosos, com deficiências físicas ou mentais. Que deveriam ser proibidos de se reproduzir, a fim de não criar novos seres imperfeitos como eles. Para o criador do termo, o inglês Francis Galton, a tendência seria que a humanidade se tornasse cada vez mais imperfeita, devido à teoria de que os indivíduos inferiores se reproduziriam mais rápido. O papel da eugenia então, seria o de corrigir esta situação, através do incentivo à reprodução dos indivíduos considerados física e geneticamente aptos, e da eliminação em longo prazo dos indivíduos defeituosos. A eugenia era dividida em dói campos de ação: a chamada “eugenia positiva” tratava de cuidar da parte reprodutiva, analisando as características que deveriam ser mantidas nas próximas gerações, enquanto a “eugenia negativa” trataria da eliminação das características consideradas ruins, através da esterilização dos indivíduos considerados inaptos, e da eliminação de bebês nascidos com alguma deformidade. O enfoque principal do filme é mostrar como essa chamada “ciência”,apesar de ter um papel importante no conceito de pureza racial nazista, não se resumiu somente a isso,tendo encontrado solo fértil em diversos países e épocas diferentes. No início do século XX, a eugenia havia se tornado uma espécie de mania mundial. A Suécia havia sido a pioneira na criação de um instituto sério para o estudo da eugenia, promovendo inclusive concursos para escolher a criança mais perfeita. Nos Estados Unidos, o médico Charles Davenport promovia campanhas para que as mães eliminassem seus filhos recém nascidos que apresentassem deformidades. Enquanto