Homo Sapiens 1900 Dirigido por Peter Cohen, o documentário trata do tema da eugenia, evidenciando suas diferentes origens, fundamentações científicas e consequências na primeira metade do século passado. Tomando quatro países como referência – Alemanha nazista, URSS, EUA e Suécia – são comparadas as diferentes teorias eugênicas e da “higiene racial”, contudo, o ponto em comum entre todas elas é o “nobre” objetivo de fazer das futuras gerações quase perfeitas, física e intelectualmente, eliminando ou esterilizando os indivíduos considerados inferiores, pois todas as qualidades, boas ou ruins seriam hereditárias. Contudo, contemporâneos à essas ideias, também existiam cientistas que defendiam não ser a “genialidade” hereditária, pelo fato de vários “gênios” terem pais com capacidades médias ou ainda abaixo da média. Na antiga URSS, as teorias eugênicas valorizavam o intelecto acima de tudo, portanto, a finalidade da ciência soviética era a de criar homens com os atributos intelectuais como os de Lênin e Tolstói. Já na Alemanha, o “corpo perfeito” era a meta dos cientistas, que se espelhavam nos ideais greco-romanos. Definido o objetivo da eugenia, sendo ele ora físico ora intelectual, era necessário um método para alcançar este ideal. Os métodos eram dois: a eugenia positiva e a eugenia negativa. A eugenia negativa, que foi o método de melhor aplicabilidade, consiste na eliminação da eventual prole “degenerada” por meio da esterilização de possíveis genitores não desejáveis. Chegando este método ao extremo, a eugenia negativa podia ser a literal aniquilação destes indivíduos, como ocorreu na Alemanha nazista. A eugenia negativa por esterilização também foi amplamente utilizado nos EUA e na Suécia. Já a eugenia positiva, visa aumentar o número de indivíduos desejáveis por meio da reprodução em alta quantidade das “matrizes” da sociedade. Para e exequibilidade de tal método seria necessário discriminar a reprodução do amor,