Transição para a humanidade
Blancel, Nicole, Pascal Blanchard & Sandrine Lemaire. “Os Jardins Zoológicos
Humanos Diplomatique. 2000
Documentário: Homo Sapiens 1900, de Peter Cohen (1998).
Resumo: Os textos falam sobre os zoológicos humanos que faziam exposições de seres humanos que eles achavam fora do ideal, sobre o parentesco entre o homem e os animais considerados inferiores e no filme retrata a ação de um mestre em sociabilizar uma criança que vivia fora dos costumes da sociedade.
Segundo Geertz, alguns estudiosos tem dado muita ênfase ao parentesco do homem com os animais. E o que difere, é que os homens são capazes de produzir cultura, como, falar, pensar, produzir objetos para sua proteção, se sociabilizar, trabalhar..., Ele defende que esse desenvolvimento da capacidade de adquirir cultura foi um acontecimento súbito, um completo salto quantitativo na filogenia dos primatas, que obteve um lugar notável na história do que ele chama no texto de “Hominidização”.
O desenvolvimento do homem relacionado até hoje, quando o homem já criou uma concepção de cultura e como se vive nela, fazendo uma constituição genérica e inata do homem moderno é, apenas, o resultado final e, casualmente, o único representante vivo, mas que inclui diversas espécies animais, hoje extintos, e todos muito mais “próximos” do homem do que de qualquer um dos macacos hoje existentes. Sem cultura não haveria o homem, e sem o homem não haveria cultura. Interagindo com essa concepção de Geertz, em Jardins Zoológicos humanos, os autores falam sobre as exposições de diferentes etnias, expostas como animais, para demonstrar os povos diferentes, as raças consideradas baixas, não pertencentes às puras, com a falsa desculpa de ser uma forma de estudo. É grande o impacto social desses espetáculos para a construção da imagem do Outro. O Outro pode ser