Resenha documentario homo sapiens 1900
O documentário do diretor sueco Peter Cohen, lançado em 1998, construído a partir de arquivos de fotos e filmes. Este tem como foco de narrar como a Europa, entre os séculos XIX e XX, tentou estabelecer a eugenia e a limpeza racial como formas de aperfeiçoar o ser humano, retratando o polemico tema, desde sua concepção até a sua expressão máxima durante o nazismo alemão.
Tomando a teoria darwiniana da evolução das espécies como um ponto de partida, o inglês Francis Galton seria um dos primeiros a defender a criação de uma ciência que pudesse promover a melhoria da espécie humana aplicando um cruzamento seletivo: a eugenia. Francis dizia que a família poderia ser cultivada como um jardim em que ervas daninhas devem ser distinguidas de plantas úteis. Para Galton, a evolução da humanidade era barrada pelo fato das pessoas inferiores procriarem mais rápido do que as superiores. E por isso a eugenia apresenta duas alternativas que visam a acabar com essa barreira. A eugenia positiva, que busca a melhoria da raça humana através do cruzamento de seres superiores, visando à procriação. E a negativa, que evita que seres inferiores se reproduzam.
Em 1895, o medico alemão, Alfred Ploetz, cria o termo higiene racial que propunha a eliminação de bebês que nascessem com alguma deformação ou aparentasse alguma fraqueza. Isto é uma eugenia, seleção positiva reforçada por uma purgação. Criar-se uma ciência nova e abrangente, a Biologia Racial e Social. A ideia de uma “raça pura” torna-se popular na Alemanha já em torno de 1900.
Nos Estados Unidos da America, Devenport, é considerado o pai da eugenia. Ele propunha o estudo e a eliminação de traços hereditários inferiores e no ano de 1907, mais de 20 estados norte-americanos possuíam leis de esterilização compulsória, que incidiram sobre dezenas de milhares de pessoas, principalmente contra negros e imigrantes. Só na 2ª Guerra Mundial, em que os soldados americanos combateriam os alemães