Sem T Tulo 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
PROFESSOR : RICARDO CASTRO
ALUNA: NAIARA ALVES DA SILVA DRE: 107360698
Uma das principais características do filme “Homo Sapiens 1900”, dirigido por Peter Cole em 1998 é a tentativa de desmistificar a eugenia enquanto fenômeno exclusivo da sociedade moderna alemã. Respeitando as características peculiares das sociedades alemã, sueca, norte-americana e soviética, o diretor nos mostra que essa percepção da humanidade está muito veiculada às mudanças sociais advindas com a Modernidade.
A percepção de ciência enquanto caminho para a intervenção humana na natureza seria uma resolução para a dicotomia homem X natureza que emergiu junto do pensamento iluminista, aproximadamente em fins do século XVII e ao longo do século XVIII. Pode-se concluir, então, que esse pensamento “acompanha” o nascimento da Modernidade. Com o desenvolvimento das técnicas científicas, a partir de pesquisas, e nesse contexto, sobretudo os projetos ligados à biologia e medicina, surge na sociedade uma convicção de que a Ciência poderia aperfeiçoar a humanidade, nesta longa jornada rumo ao “progresso das civilizações”.
Nesse ínterim, as ciências sociais foram utilizadas como instrumentos de tais proposições. A Antropologia, por exemplo,, ratificava a suposta superioridade racial de alguns povos a partir de estudos profundos sobre outros grupos sociais, considerados inferiores. A doutrina racialista, que divide a humanidade em “raças humanas” com características físicas próprias consiste na “semente” de uma ideologia mais radical, que classifica as raças em condições de superioridade X inferioridade a partir da atribuição das características culturais às raças superiores e outras, às inferiores.
A discussão sobre a eugenia se dá nesse contexto em “Homo Sapiens 1900”. O termo deve ser compreendido como a