Hominização e Humanização
VASCONCELOS, Udiléia de
Este artigo é o resultado de leituras, reflexões e pretende apreender as relações entre hominização e humanização. A humanização decorre da hominização, a condição básica para ser “humano”, tem como ponto de partida o momento que se passa do instinto para o pensamento, da não reflexão para a reflexão e consciência de suas ações. O ser humano diferencia dos outros animais transforma a natureza por meio do seu trabalho, este ato permite que o ser humano aja racionalmente e, neste fazer de si da origem ao processo de hominização. À medida que adquirimos valores humanos como a educação, assumimos essa condição de humanidade, por sermos capazes de transformar o mundo e fazer parte dele. Quando ocorre esse salto do instinto para o pensamento, rompe-se com o mero “estar” no mundo, para ser parte dele, produzindo, criando ,interferindo e avançando no processo evolutivo. Sendo que outros animais se ajustam ao mundo, mas são incapazes de interferir, estão simplesmente no mundo. Os seres humanos transformam o mundo deixando nele suas marcas de trabalho e seus vestígios.
Ao refletir recentemente sobre os desafios de nosso tempo, fica claro que a educação atual esta longe abranger o sentido integral da vida, de promover a integração e a descoberta de valores, voltada para competição de um globalizado cercado pelo neoliberalismo, desvinculado da espiritualidade humana que tanto nos difere dos animais. A educação num sentido amplo não deixa dúvidas em relação a sua função social e é um fator decisivo da hominização, em especial, da humanização do homem.
A sociedade atual é regida por um processo de globalização, pela padronização do ser humano, levando a uma nova forma de escravidão. As novas competências para a vida social e produtiva do capitalismo exigem novo tipo de conhecimento e é ai que entram a educação, escola e os professores, “criando” um novo jeito de agir, de pensar e de viver.