História e historiografia das cidades
As Cidades, de acordo com a autora são uma experiência visual, um lugar que apresenta muitas significações que são acumuladas através do tempo. A autora irá trabalhar com a materialidade das cidades, isto é, o traçado de ruas e praças, as formas arquitetônicas dos edifícios, etc. Ela acompanhará como o olhar mostra que existem avaliações de contraste não somente entre a cidade e o campo, mas na vida urbana existem aspectos positivos e negativos.
Nem sempre as pessoas tinham uma imagem positiva das cidades, a partir do século XVIII muitos começaram a mostrar o lado negativo de viver em cidades, a poluição do ar e da água, superpopulação etc., porém continua a existir o lado positivo o conforto, a beleza das praças e dos novos edifícios. Durante o século XVIII havia uma idealização das cidades, mas no século XIX as teorias se formulam sobre as grandes capitais e os nascentes núcleos industriais, verificando o que o aumento populacional estava causando nestas regiões e quais as condições de vida nesses núcleos urbanos.
A autora irá utilizar, para constituir seu trabalho, lugares como a Europa onde a industrialização fez com que as cidades se desenvolvessem cada vez mais e a preocupação com epidemias que por muitas vezes assolaram o continente abriram caminhos para estudos sobre as condições da vida urbana. Posteriormente ela irá utilizar produções acadêmicas brasileiras.
Nos subtítulo “Sem Casa, Sem Cidade” a autora faz uma comparação entre um problema que assola os campos faz tempo, isto é o movimento dos “sem – terra” e que agora ganhou sua versão urbana o movimento dos “sem – teto”, pois, principalmente em uma grande metrópole como São Paulo nada mais normal do vermos pessoas morando nas ruas e uma forma que essas pessoas encontraram para ter um “teto” foi a invasão dos morros constituindo assim as favelas. As justificativas para a ocorrência destas invasões são a grande diferença entre o preço