História E Arquitetura De Museus
No século 17, alguns colecionadores tinham seus gabinetes de curiosidades. Considerados bisavós dos nossos museus modernos, esses espaços continham tudo aquilo que o colecionador coletava ao longo da vida, exibindo um pouco da enorme diversidade do mundo. Podia ter de tudo: fósseis, insetos, livros antigos, animais empalhados, quadros e muito mais. Hoje, a gente gosta de mostrar nossas coleções para todo mundo, mas antigamente os tais gabinetes eram abertos só para amigos dos colecionadores, cientistas e pesquisadores. Então, imagina: aquela incrível coleção de borboletas ficava lá, guardadinha, sem nenhuma visita de turmas de escola para alegrar o dia. Até que algumas pessoas perceberam que as coleções mereciam um lugar especial, e assim elas ganharam espaço nos primeiros museus do mundo - como o Museu Britânico e o Museu de História Natural, em Londres.
Um dos maiores colecionadores dessa época foi Sir Hans Sloane. Esse médico irlandês cuidava de governantes de colônias inglesas no Caribe e para isso viajava muito. Essa foi sua grande sorte; aproveitava as viagens para realizar sua maior paixão, que era coletar o que julgava curioso pelo mundo.
Como Sloane era muito rico, começou a comprar objetos raros e valiosos para aumentar sua coleção em Londres. Sua fama de colecionador atraiu marujos, que batiam em sua porta para vender coisas exóticas que traziam de viagens. Pessoas doentes também o procuravam e ofereciam animais, ossos, plantas e até barcos para pagar por seus serviços médicos. Uma espiadinha nos armários de sua casa revelaria animais, frutos, minerais, moedas, antiguidades... A coleção ficou tão grande que ele teve que se mudar para uma casa maior nos arredores de Londres e contratou ajudantes para escrever a história de cada um de seus objetos!
Logo começou a receber visitantes da Europa toda. Quando Sloane morreu, em 1753, sua coleção foi doada à Sociedade Real de Londres, que juntou seu tesouro a outras coleções