Guerra Civil Moçambicana
Neste presente trabalho, serão abordados assuntos relacionados com da guerra civil em Moçambique que iniciou depois dois anos após a sua independência, as suas causas, o seu decorrer e o seu fim. E também assuntos relacionados com conflitos que ocorreram depois da assinatura do acordo de paz.
1. Guerra Civil Moçambicana (1977-1992) A Independência, 25 de Julho de 1975, não foi o inicio de uma Era de Prosperidade, mas sim de um conflito aberto que degenerou rapidamente numa catástrofe, a Guerra Civil Moçambicana. A Guerra Civil Moçambicana de 1977 a 1992 (também conhecida por Guerra dos 16 anos) foi um conflito civil que começou em 1977, dois anos após o fim da Guerra de Independência de Moçambique, e que foi semelhante à Guerra Civil Angolana, visto que ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior da Guerra Fria. O partido no poder, a “Frente de Libertação de Moçambique” (FRELIMO), e as Forças Armadas moçambicanas eram violentamente contrários a “Resistência Nacional Moçambicana” (RENAMO), que recebia financiamento da Rodésia e, mais tarde, da África do Sul. Durante o conflito houve mais um milhão de mortes e quatro milhões de deslocados, destruindo todas as estruturas do país e muitos sofreram amputados por minas terrestres. Em vez de progredir, Moçambique, tornou-se um dos países mais pobres do mundo, vivendo de ajudas da comunidade internacional.
1.1. Contextualização Logo a seguir à independência do Moçambique, alguns militares (ou ex-militares) portugueses e dissidentes da FRELIMO instalaram-se na Rodésia, que vivia uma situação de "independência unilateral" não reconhecida pela maior parte dos países do mundo. O regime de Ian Smith, já a braços com um movimento interno de resistência que aparentemente tinha algumas bases em Moçambique, aproveitou esses dissidentes para atacar essas bases. De facto, a FRELIMO apoiava esses rebeldes rodesianos e, em 1976, o governo de Moçambique declarou oficialmente