História da Arquitetura Brasileira - O Museu do Padre Ignácio
Tombado pelo IPHAN, ele é um marco importante do ciclo bandeirista-jesuítico na nossa cidade.
Os bandeirantes vinham em busca de pedras e metais preciosos e do escravo indígena.
As necessidades domésticas exigiam que os casarões fossem construídos à meia encosta, porém as grossas paredes de barro socado (taipa de pilão), tinham que ser levantadas em terrenos planos e no alto dos morros, onde os aclives eram mais suaves.
O conjunto original era composto pela sede e por outras edificações de apoio, de construção mais singela, destinadas ao abrigo dos escravos, ferramentas e animais e ao depósito de produtos. Porém, dessas outras construções não sobraram senão referências nos antigos documentos e as mós (pedras) de seu velho moinho, que foram removidas para o gramado, em frente à casa.
As paredes de taipa de pilão, a austeridade da economia e a rígida estrutura familiar condicionaram a arquitetura solene e despojada que se produziu no período, de poucos e sombrios cômodos que lembram os ambientes dos conventos, com grandes coberturas de longos beirais que, ainda hoje, protegem das águas o barro das paredes. As colunas são esculpidas e o alpendre tem pranchões decorados com os mesmos motivos das portas e janelas. O grau de reclusão da familia eram refletidos no número, dimensões e balaústres.
O casarão do Sítio do Padre Inácio, é uma residência rural do início do século XVIII, e especialmente significativa por sua composição.
O alpendre era onde os estranhos à família eram recebidos, onde se administrava as atividades da fazenda, e de onde os escravos e os agregados assistiam às missas rezadas na capela doméstica. Sem comunicação direta com o interior da residência, no lado oposto, vamos encontrar o quarto de hóspedes. Esses três ambientes compunham o espaço social da casa.
Os demais cômodos constituíam a parte intima da casa. A grande sala era o ambiente principal e mais nobre, além de ser o