HISTÓRIA ECONOMICA
I. Ganho do Capital
Como afirma Marx,
“O capital é, portanto, o poder de governo (Regierungsgewalt) sobre o trabalho e os seus produtos. O capitalista possui esse poder, não por causa de suas qualidades pessoais ou humanas, mas na medida em que ele é proprietário do capital. O poder de comprar (kaufende Gewalt) do seu capital, a que nada pode opor, é o seu poder” (MARX, 2010, p.40).
O interesse do capitalista é pura e simplesmente econômico. Marx (2010) explana tal ideia de forma muito clara quando afirma que o capitalista (no nosso caso o empregador daquele que colhe o café) não tem nenhum interesse em empregar o trabalhador (no nosso caso aquele que necessita de colher o café para receber o seu salário) se “não esperasse da venda do serviço (Werk) deste último, mais do que é necessário para reembolsa os fundos (fonds) por ele adiantados para salários”, isso podemos entender por ganhos de capital.
Smith (apud. MARX, 2010) observa o fato essencial na essência do capitalismo, o de que o único motivo para que o empregador (possuidor de capital) emprega, “seja na agricultura seja na manufatura”, é o fato de olhar o ponto de vista de “seu próprio lucro”, ou seja, Smith(apud. MARX) expõe um mecanismo que permite a acumulação primitiva de capital1, a ideia de que “dinheiro faz dinheiro”.
SUGESTÃO PARA EPÍGRAFE: “Alugar o seu trabalho é começar a sua escravidão; alugar a matéria do trabalho é constituir a liberdade... o trabalho é o homem. A matéria, ao contrário, nada tem do homem”. Constantine Pecqueur
“O produtor ignora as necessidades e os recursos, a procura e a oferta. Vende quando quer, quanto pode, onde quer, a quem quer, ao preço que quer. E da mesma maneira, compra. Em tudo isto, ele é sempre o joguete do acaso, o escravo da lei do mais forte, do menos apressado, do mais rico. ...Enquanto, num ponto, existe escassez de riqueza,