Historiografia
Energizada com a ascensão e queda dos regimes totalitaristas, a falácia do projeto iluminista de modernidade traz em seu bojo a crise dos grandes paradigmas. Nesse contexto, severas críticas pesam contra a pragmática tradicional da historiografia e seu estatuto de história oficial, ou seja, sua referência de magistra vitae de tradição de positivo-historicista1. A consciência histórica, nessa perspectiva, tem como traço marcante a percepção de ser a representação da narrativa histórica a própria realidade histórica. Deste modo, o que tende a ser construído pelo ofício do historiador é a realidade ipse litteris das experiências vividas. Com os controvertes advindos de teóricos estruturalistas e pós-estruturalistas, ao longo do século XX, essa soi-disant adquire caráter propedêutico. Advogam-se novas nomeações para se caracterizar o conhecimento histórico e em questão está a pugna pelos direitos da [à] memória. História: venenou ou remédio? 2 Interroga-se.
Para Hayden White, Jean Lyotard3 e Alun Munslow4