Historias da Vida Privada no Brasil
In.: História da vida privada no Brasil
Quanto à constituição da família no inicio da colonização, se deu de maneira dispersa, ou devido a distancia com a metrópole que às vezes dividia os membros da família ou um pai se ausentava a serviço, filha se casava fora, filho partia em expedição ao sertão, etc.
Com a ausência de mulheres brancas no inicio da colonização era com as índias e escravas negras que os colonos “se aliviam” mesmo. Mas mesmo com a vinda das portuguesas os homens não pararam de “dar uma” nas índias e escravas. Às vezes, inclusive, casais e concubina do marido viviam sob o mesmo teto e os filhos naturais e ilegítimos eram tratados da mesma forma. Mas o casamento teve grande importância, conferia status e dignificava as pessoas. Pessoas de origem humilde e até escravos casavam-se perante a igreja.
Nas áreas urbanas as moradias eram simples e pobres, porque eram povoadas por pessoas de poucos recursos e visitadas ocasionalmente por fazendeiros que precisavam de abrigo temporário. As casas eram pequenas e tinham poucas janelas e portas, para que você chegasse a uma alcova (sem janelas) tinha-se que se passar por outra, o que entra na questão da privacidade e as janelas eram de treliças de madeira, o vidro era quase inexistente na colônia.
Do inicio da colonização até meados do século XVIII, era difícil distinguir o publico do privado. Nos núcleos urbanos, a sociabilidade ocorria fora de casa, principalmente em festas religiosas, procissões, missas e festas em homenagem a autoridades civis, eclesiásticas e a família real. Todos se conheciam, não se tinha privacidade, escravos entravam e saiam da casas dos outros, as ruas eram estreitas e as casas tinham muros baixos que facilitava os olhares dos vizinhos, e na parte rural as grandes distâncias e o isolamento podia tanto incentivar como bloquear a intimidade.
No campo ou na cidade era costume fazer visitas sem ser convidado e hospedar viajantes