HISTORIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL
RESENHA INTERPRETATIVA
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. “Vida privada e ordem privada no Império.” In: Alencastro, Luiz F. (org.). História da vida privada no Brasil. Vol. 02. Rio de Janeiro, Cia das Letras, 2002.
CREDENCIAS DO AUTOR Nascido em 1946 em Itajaí, Santa Catarina, Luiz Felipe de Alencastro, formou-se em história e ciências políticas na Universidade de Aix-en-Provence (França) e doutorou-se em história na Universidade de Paris-Nanterre. Ensinou nas universidades de Rouen e Paris-Vincennes. Desde 1986 é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Atualmente é professor visitante da cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne.
VIDA PRIVADA E ORDEM PRIVADA NO IMPÉRIO O texto de Alencastro é baseado no período do Brasil Império, e da grande ênfase ao escravismo, e as relações entre o público e o privado e seus conflitos. Tratando da vida familiar, dos costumes e do cotidiano das pessoas. O autor começa por tratar da vinda da corte para América, aumentando assim a população, pelo menos 15 mil pessoas transferiram-se para o Rio de Janeiro na época. Este que depois do enfraquecimento da atividade mineradora a partir dos anos 1770 em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso tornou-se o centro comercial do até então Brasil Colonia. Depois da independência, ocorre o primeiro desentendimento entre o privado e o público, exatamente pelos novos rumos que o comércio estava tomando. E com isso começaram também as chamadas rebeliões regências. E os conflitos não paravam por ai, outro motivo era que a vida privada confundia-se com a vida pública. E o escravo tornou-se um tipo de propriedade particular. Segundo o autor “O escravismo não se apresenta como herança colonial [...] Apresenta-se, isto sim, como um compromisso para o futuro” (pg. 17). O império acaba reconstruindo a