hipérbole de René Descartes
O homem é um ser curioso que sempre procurou uma explicação para todas as coisas. Para isso, inicialmente, utilizou os mitos, os quais procuravam explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do mundo e do Homem por meio de deuses, semideuses e heróis.
No contexto da Idade Moderna, René Descartes transcendeu a linha mitológica do contexto Medieval e restabeleceu a razão como fonte de conhecimento. O racionalismo cartesiano teve como destaque a “dúvida metódica”. Para Descartes, o conhecimento verdadeiro seria obtido pela razão, já que ela é a única coisa que diferencia os homens dos animais. Simplificou isso com a famosa frase: “penso, logo existo”. A análise de Descartes parte dele próprio, isto é, do indivíduo que quer compreender o mundo (individualismo). O Método Cartesiano é composto pela sequência: Evidência – Análise – Síntese – Verificação.
Em sua obra “Discurso do método”, René propõe um instrumento que permita ao homem, por si próprio, desvendar os enigmas da vida. Esse instrumento é o método, o qual deve unificar a forma de pensar e de conhecimento. Além disso, permite que o homem não seja escravizado pelo mundo, mas sim, escravize o mundo. Ademais, o método faz aumentar de forma gradativa o conhecimento e eleva-lo ao mais alto nível. Nele é mais sábio inclinar-se para a desconfiança que para a certeza. A dúvida metódica (hiperbólica) de Descartes indica que nada pode ser evidente por si mesmo sem que antes seja questionado de forma racional.
Além disso, na obra, ele propõe três máximas: manter-se na religião de infância, ser firme e decidido nas ações e procurar sempre vencer a si próprio primeiramente que o destino. Em relação à religião, a obra indica que ela ainda exerce grande influencia na vida das pessoas. O filósofo afirma ainda que Deus é um ser perfeito e tudo se origina dele.
Portanto, indiscutivelmente, Descartes trouxe um grande legado para a época e para os dias atuais. O sistema