Herbart
Herbart exalta o cérebro, o aparato intelectual, o funcionamento psicológico. O ensino e, conseqüentemente, o aprendizado, segundo o esquema herbartiano, deveriam partir dos conceitos morais e intelectuais, expostos e aprendidos segundo sua forma lógica ou histórica. Herbart mostra a ideia de que o foco e objetivo da pedagogia seria o desenvolvimento moral, do caráter e da vontade, como referências de um autogoverno do indivíduo com a finalidade de agir corretamente. O intelecto era considerado uma forma de motivação e interesse no processo de aprendizagem e do conhecimento. A vida psíquica é basicamente constituída de jogos e representações. A partir das idéias de que desejos e sentimentos são apenas modificações, e que as mesmas surgem através dos equilíbrios ou desequilíbrios da consciência, e que surge a idéia de “educação pela instrução”, já que quando se modifica o ensino as formas de representações podem modificar a vida psíquica.
Para ele toda aprendizagem é aperceptiva, ou seja, todo conhecimento novo vem por meio dos conhecimentos antigos, considera que a educação é possível e necessária, porém não é absoluta, pois varia com o tempo, o lugar e as circunstâncias.
Moral como objetivo
Na teoria herbartiana, memória, sentimentos e desejos são apenas modificações das representações mentais. Agir sobre elas, portanto, significa influenciar em todas as esferas da vida de uma pessoa. Desse modo, Herbart criou uma teoria da educação que pretende interferir diretamente nos processos mentais do estudante como meio de orientar sua formação.
Embora profundamente intelectualista, a pedagogia herbartiana tem como objetivo maior nem tanto o acúmulo de informações, mas a formação moral do estudante. Por considerar a criança um ser moldado intelectualmente e psiquicamente por forças externas, Herbart dá ênfase primordial ao conceito de instrução. Ela é o instrumento pelo qual se alcançam os objetivos da educação. “Para Herbart, só o