Herbart
Nasceu na Alemanha em maio de 1776 e faleceu em agosto de 1841. Filósofo e pedagogo, trouxe grandes contribuições para a pedagogia como ciência, emprestando rigor e cientificidade ao seu método. Formou-se Doutor com tese exclusivamente pedagógica.
Herbart se baseia numa filosofia do funcionamento da mente e por esse motivo ele é considerado o primeiro filósofo alemão do século XIX que inaugurou a análise sistemática da educação, mostrando a importância da psicologia como eixo central da educação na teorização do ensino e vendo a pedagogia como ciência, sobriamente organizada, abrangente e sistemática, com fins claros e meios definidos.
Para Herbart, a mente funciona com base em representações – que podem ser imagens, ideias ou qualquer outro tipo de manifestação psíquica isolada. Já que o filósofo negava a existência de faculdades inatas, ele propunha que essas representações se relacionassem entre si. Como modificações dessas representações mentais, temos a memória, os sentimentos e os desejos. E agir sobre eles, segundo Herbart, significa influenciar em todas as esferas da vida de uma pessoa o que interfere diretamente nos processos mentais dos estudantes como meio de orientação de sua formação.
Uma das contribuições mais duradouras de Herbart para a educação é o princípio de que a doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa comprovar-se experimentalmente. Surgiram daí as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje. Elas respondem à necessidade de alimentar a teoria com a prática e vice-versa, num processo de atualização e aperfeiçoamento constantes.
Embora profundamente intelectualista, a pedagogia herbartiana tem como objetivo maior nem tanto o acúmulo de informações, mas a formação moral do estudante. Por considerar a criança um ser moldado intelectualmente e psiquicamente por forças externas, Herbart dá ênfase primordial ao conceito de instrução. Ela é o instrumento pelo qual se alcançam os objetivos da