Helvética - O Filme

393 palavras 2 páginas
Criada em 1952 na Suíça, a Helvética rapidamente se tornou uma das fontes mais famosas do mundo devido a sua objetividade, simplicidade e clareza. O documentário “Helvética – O filme” serve, então, para desmistificar a lenda da fonte mais conhecida – e usada – no mundo. Através de entrevistas somos apresentados ao não tão conhecido universo tipográfico, e é onde ficamos sabendo que nem todos apreciam a Helvética e seus diferentes usos.
Desenhada nos preceitos do Estilo Tipográfico Internacional, a Helvética mostra-se perfeita para o que foi criada: objetivar e simplificar a comunicação das empresas com o seu público. Seu uso, dessa maneira, estendeu-se a todas as esferas do design gráfico, desde logos de grande empresas até placas de trânsito. É a perfeição das formas dessa fonte que levou a sua popularidade – e seu uso exaustivo. Embora existam aqueles que aclamam a Helvética como sendo “a última das fontes sem serifa”, existe, também, uma parcela aversa ao objetivismo da fonte. Por estar ligada tão intimamente ao capitalismo e a representação de grandes corporações, a fonte é acusada de ser impessoal, e de servir como plataforma de legitimação do poder simbólico da economia das grandes empresas, como nos é apontado no filme. Vivemos em uma época pautada pela informação, e a forma como esses dados nos são passados é de extrema importância para o estudo de nossa sociedade – não é a toa que o poder simbólico é pauta de inúmeras pesquisas acadêmicas. A Helvética, portanto, é o pivô, o cerne da comunicação de nossa contemporaneidade: não vêmos apenas uma fonte, vemos também um ícone pop, um centro de uma cultura.
A Helvética, dessa maneira, é acusada de causar uma crise na tipografia atual: passamos anos inovando e rompendo barreiras no design gráfico para nos estagnarmos em uma única fonte “perfeita”? A criatividade dos designers se esvaiu e o comodismo tomou conta daqueles que consideram a Helvética a melhor de todas as fontes? Tais questões, embora difíceis de

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