Resenha Helvetica, o filme
No que se diz respeito ao contexto da época em que foi criada (1957), o escritor Rick Poxnor dá destaque ao pós-guerra. Segundo ele, os designers acreditavam que o design teria um papel importante na reconstrução da sociedade. As fontes mais recorrentes na época – coloridas e chamativas – dariam lugar a fontes mais neutras, claras e sem serifa, aumentando a legibilidade. A helvetica se adequou perfeitamente nessa necessidade do mundo pós-guerra.
A fonte foi criada por Max Miedinger e Eduard Hoffmann para a indústria suíça Haas Type Foundry. Por ser uma proposta de releitura da fonte não-serifada Akzidenz Grotesk, Helvetica teve como seu primeiro nome Neue Haas Grotesk, que se demonstrou inadequado para uma exportação para os Estados Unidos. Em seguida o nome Helvetia – que significa “Suíça”, em latim - foi pensado, porém foi considerado muita pretensão colocar o nome de uma nação como o nome da fonte. Dai surgiu o nome Helvetica, querendo passar a ideia de “um tipo suíço”.
O documentário mostra o quão constante se tornou o uso da Helvetica em grande parte do planeta. A Inclusão da fonte em sistemas de computadores domésticos como o Apple Macintosh em 1984 cimentou ainda mais a sua onipresença só. Ao ilustrar com exemplos onde a fonte aparece – nos metrôs de Nova Iorque, placas de sinalização, publicidades, logos – o telespectador aprecia uma trilha sonora tão boa quanto sua produção: Battles, Caribou, Chicago Underground Quartet, El Ten Eleven, Four Tet, Kim Hiorthøy, Motohiro Nakashima, Sam Prekop e The Album Leaf, estão entre as bandas que fazem parte de sua trilha sonora.
Helvetica é uma fonte com longevidade, marcada por ser bastante legível e