Haroldo Leitão Camargo
Leitão Camargo remonta às origens, ao mostrar que, até fins do século XVIII não havia museus, pois as coleções de objetos eram de acesso limitado. Com o estado nacional resultante da Revolução Francesa, surgem os monumentos, construções que visam a perpetuar a memória. As viagens culturais são muito anteriores, pois desde 1670 já se mencionava o grand tour. O humanismo renascentista, ao retomar os estudos sobre o mundo antigo, forjou um modelo de conhecimento que se baseava no domínio da língua latina, tornando-a universal. As antigüidades pompeianas tiveram um enorme impacto na produção artística européia, nos modismos. Os deslocamentos ainda não são o turismo moderno, pois são acompanhados pelos servidores e os equipamentos comerciais são raros e precários. De toda forma, a sensibilidade e os olhares britânicos principiam a inventar o turismo.
Vamos enfatizar 3 divisões essenciais para o bom entendimento dessa breve leitura:
Turismo e Turismo Cultural, o qual teve a pretensão de abordar o surgimento e desenvolvimento da idéia de turismo;
Turismo e Patrimônio Histórico e Cultural, que buscou apresentar por meio de uma fundamentação teórica a importância atribuída à noção de Patrimônio Histórico e a
Cultural relacionado a idéia de identidade e turismo Cultural.
Para a criação do turismo, dois fatores ligados à revolução industrial devem ser mencionados: as locomotivas e os navios a vapor que, aliados ao telégrafo, foram fundamentais para a organização das viagens. Apareceram, na seqüência, as atividades de suporte básico, na hospedagem, alimentação e transportes.
No governo Vargas havia um interesse deliberado numa política para o turismo, ampliando o leque de atrativos com a oferta do