Livro: patrimônio histórico e cultural – haroldo leitão camargo
O inicio da Idade Contemporânea talvez costume e a familiaridade não nos estimulem a refletir sobre o seu significado, entretanto, poucos assuntos tão relevantes para o nosso tema. A interpretação deste acontecimento da contemporaneidade aparentemente se tivesse como baliza os limites da vida humana estaríamos lidando com um absurdo, com qual de nos poder-se-ia sentir contemporâneo. O significado capital da quedada bastilha está, como todos sabem, na raptura do antigo regime do absolutismo monárquico e no aparecimento de um mundo novo como as ideias republicanas. Mas o que era a Bastilha, nada mais além de uma grande fortaleza construída durante a Idade Media como um dos bastiões defensivos de Paris. Em suma, uma cidadela foi sendo construída e povoada ao longo do tempo, e assim criando a sua fortaleza e reis tomaram a cidadela para o seu poder e agindo de forma cruel, e a bastilha acabo sendo vista como uma prisão. Toma-la no dia 14 de julho representou pouco como operação de assalto, o imenso edifício não continha sequer duas dezenas de prisioneiros, alias não tinha nada para protege-la além dela mesmo, e assim foi fácil destrui-la pois estava cada vez mais caro o custo para mantê-la e em 1790 a bastilha foi arrasa e o terreno onde era hoje foi transformada em uma praça. Assim pretendia-se apagar da memoria da pessoas a existência do arbítrio real por meio da destruição da cidadela, embora os motivos fossem por mal administração. Curiosamente, já que uma das referencias iniciais fala em sensibilidade contemporânea, é oportuno lembrar que o acontecimento se perpetua com a confecção de souvenirs elaborados das pedras da prisão, em pequenas miniaturas da Bastilha são remetidas de Paris para as próprias províncias, ales de bonbonnieres, tinteiros, pesos e bolsos: para a clientela com um alto poder aquisitivo. Sobre este fenômeno lembremos não se tratar de um acontecimento, mas de um processo. Seu