Hanseníase
A hanseníase é uma enfermidade de importância nacional, colocando o Brasil em 2° lugar no mundo, apenas após a índia, pelos elevados coeficientes de incidência e prevalência (aproximadamente 94% dos casos), comprometendo homens e mulheres e acarretando sérios prejuízos de ordem psico-social e econômico (Glatt & Alvin, 1995; OMS, 1993). Constitui importante problema de saúde pública no Brasil e em vários países do mundo (tabela 1), e persiste como endemia em 15 países ao final de 2000 (prevalência acima de 1,0/10.000 habitantes). Apesar de todo o empenho em sua eliminação, o Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo. Aproximadamente, 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos casos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil. Ao longo das últimas décadas, as taxas de prevalência têm declinado ano a ano, resultado da consolidação do tratamento poliquimioterápico. Entretanto, as taxas de detecção de casos novos têm se mantido elevadas, e a expectativa é de que só se alcance a meta de eliminação da doença em 2005, quando a prevalência deverá ser inferior a 1,0/10.000 habitantes (Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Relatório de atividades da área técnica de dermatologia sanitária ano de 1999. Brasília, 1999).
A partir de interpretações de periódicos relacionados, reitera-se o importante impacto da hanseníase na qualidade de vida de seus portadores e nas relações que os permeiam, visto que, os aspectos clínicos dessa enfermidade – variedade de apresentação, presença de reações hansênicas e caráter incapacitante – refletiram de forma real e objetiva nesta avaliação.
Assim, vários indicadores motivaram a realização deste trabalho, dentre eles a situação vigente da hanseníase no país, a qual prossegue com uma tendência crescente, e seu impacto na vida de seus portadores culminando resultados desastrosos em decorrência das condições sociais e econômicas em