Hanseníase
Emilayne Karen Cândido Tenório²
Gabriela Yale Lima de Oliveira²
Piet Gabriel Oliveira Pereira2
RESUMO
Esta revisão de literatura tem como objetivo verificar a ligação entre a qualidade de vida dos portadores de hanseníase e fatores clínicos, socioambientais e regionais. A metodologia empregada incluiu o levantamento de informações sobre o tema da hanseníase e qualidade de vida, utilizando como referência artigos científicos retirados da SciELO, revistas eletrônicas e fontes governamentais. Através deste levantamento, apresentou-se a forte influência das condições socioambientais e regionais na incidência da hanseníase, bem com a relação do comprometimento da qualidade de vida com o aspecto clínico da doença.
PALAVRAS-CHAVE: hanseníase, qualidade de vida, fatores socioambientais
INTRODUÇÃO
Segundo o Ministério da Saúde (2012), hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos (lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés), causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, um parasita intracelular obrigatório. De acordo com a mesma fonte, a hanseníase compromete células cutâneas e dos nervos periféricos, o que lhe dá grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades. Pode, portanto, acarretar problemas como diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, que são responsáveis pelo estigma e preconceito contra a doença.
A doença, amplamente conhecida pela designação de "lepra", é uma doença milenar. De acordo com Queiroz (1997), foi mencionada por Hipócrates, embora seja encontrada na Bíblia, nos capítulos 13 e 14 do Levítico, a sua conotação repugnante e terrível.
Conforme Bryceson (1992 apud DEPS,