hanseniase
A escolha por esse tema está associada à prática de uma das autoras em uma Unidade Básica de Saúde, referência no Programa de Hanseníase na cidade de Parauapebas - PA.
A Doença de Hansen é proveniente de uma infecção causada pelo Mycobaterium leprae, um bacilo hospedeiro intracelular obrigatório, onde o homem é reconhecido como a única fonte de infecção. A transmissão ocorre através das vias aéreas, onde os bacilos são eliminados pelo espirro, tosse e gotículas de saliva, porém, a chance de contaminação se retém àqueles que possuem baixa imunidade e/ou contato muito próximo e permanente com o infectado.
O período de incubação da hanseníase é longo, em média de dois a cinco anos. Os sinais e sintomas são manchas hipocrômicas, lesões em placa, lesões pré-foveolares e foveolares, tubérculos, nódulos e infiltração difusa. Esta patologia é clinicamente classificada em Hanseníase Indeterminada (MHI); Hanseníase Tuberculóide (MHT); Hanseníase Dimorfa (MHD) e Hanseníase Virchowiana (MHV). No que se refere ao tratamento e/ou a quantidade de manchas na pele, a hanseníase recebe uma classificação operacional; Paucilbar (PB) e Multibacilar (MB).
O diagnóstico é basicamente clínico, fundamentado nos sinais e sintomas e história epidemiológica do paciente, tendo a baciloscopia como exame complementar. A fundamental ação para controle da hanseníase é o diagnóstico precoce.
A definição do diagnóstico da Doença de Hansen, baseia-se em lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; acometimento de nervo(s), apresentando espessamento neural acompanhado de alteração de sensibilidade local e baciloscopia positiva (BAAR). (DANTAS et al, 2006)
Diagnosticados os casos, estes devem ser notificados ao SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), com início imediato do tratamento. Os medicamentos preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são feitos através da poliquimioterapia (PQT) que é uma associação de três medicações: