Guerra da coreia
A história recente da Coréia foi marcada pelo domínio estrangeiro, primeiro e durante séculos da China e mais recentemente do Japão, num período de expansão neocolonialista, como parte de um processo que pretendia transformar o Japão na principal potência oriental. O desenvolvimento capitalista do Japão iniciou-se com a "Revolução Meiji", a partir de 1868, que levaria o país à modernização industrial segundo o modelo ocidental, preservando aspectos da cultura nacional. Não só o modelo industrial foi adotado, mas também a política expansionista e imperialista: interveio em uma rebelião na Coréia em 1895, levando-o a uma guerra com a China. A vitória japonesa garantiu a independência da Coréia, que ficou sob influencia do Japão, sendo anexada em 1910. A dominação da Coréia pelos japoneses foi caracterizada por grande violência, não apenas militar, mas cultural, quando o ensino da língua coreana nas escolas foi substituído pelo ensino do japonês, a sociedade e os costumes modificaram-se profundamente, a indústria e a economia integraram-se por completo no sistema de produção japonês e verificou-se um acelerado processo de expansão. A principal reação nacionalista ocorreu em 1° de março de 1919, com a manifestação de milhares de coreanos, que foram violentamente reprimidos pelo governo japonês, quando mais de 20.000 pessoas morreram e cerca de 50.000 foram presas. Em Xangai, formou-se um governo coreano no exílio.
Durante a Segunda Guerra Mundial os coreanos lutaram ao lado das tropas chinesas contra o Japão e isso fez com que os aliados aprovassem e apoiassem a Independência da Coréia, a partir de uma resolução firmada na Conferencia do Cairo em 1943. No período final da Guerra, as duas conferencias mais importantes, em Yalta e Potsdan definiram a divisão da Coréia pelo paralelo 38, em duas zonas de influência: Sob o norte influência soviética e sob o sul a norte-americana. Percebe-se também na Coréia o início da "Guerra Fria".