Graduando

Literatura Brasileira Conto
Analise do conto “O Galo impertinente” de José J. Veiga.
Aluno: Fernando Gadelha Cláudio
Com as descrições constantes de um ambiente de uma determinada cidade onde se constrói uma suposta “super-estrada”, assim como todo um povo que ali observa e comenta a feitura desta e o trabalho dos engenheiros que ali permaneciam, há a impressão que tal conto se caracterizava por ter um narrador que saberia tudo da história e que não estaria na historia. Em certo momento do conto, o narrador se insere – sutilmente, no quinto parágrafo - como um personagem. Ele é mais um das muitas pessoas que observam curiosas a construção da estrada e apesar de ele aparecer como personagem na história ainda sim tem domínio sobre o que todos pensam, e descreve as ações que ele não vê. Ou seja, o narrador é onisciente, além de também fazer parte do conto como personagem, mesmo que não participe nos atos, mas nas observações de alguém que está presenciando os fatos dentro da linearidade da história. Pode-se dizer que os personagens do conto são apenas dois. O povo e um galo, que é o pilar da história. No entanto o povo se divide em dois segmentos: Os engenheiros, e os observadores – os moradores da cidade, vizinhos da estrada. Se contar como personagem o que for definido de maneira diferente, então temos quatro personagens no conto: O galo, os observadores, os engenheiros, e o narrador, que também faz parte do povo. A história se caracteriza por duas partes. A primeira é a feitura de uma estrada, que, ao ver dos moradores é interminável. A segunda é sobre um problema caracterizado por um galo misterioso e com poderes sobrenaturais que impede todos – pessoas e transportes, inclusive uma tanque de guerra - de passarem por essa estrada.
A narrativa não possui nenhum dialogo e é um “conto de ambiente”, visto que a maior parte se dar na descrição de fatos ocorridos em um ambiente urbano, tem a “tônica dramática transferida ao cenário”, exceto na segunda parte do