Graduando
“Era o momento da imigração de trabalhadores estrangeiros, destinados, especialmente, a fornecer força de trabalho às lavouras de café do estado de São Paulo. Por essa razão, o preço da terra estipulado pelo Estado deveria ser tal que sua compra se tornasse impossível aos trabalhadores nacionais e estrangeiros” (p.16).
Comentário: Após o fim da escravidão, migraram para o Brasil os estrangeiros, para suprir a mão de obra que antes era feita pelos escravos. Vieram para o Brasil com expectativa de melhoria de vida na América, as flutuações do mercado mundial de trabalho, entre outras causas. Essa imigração tornou-se um grande “negócio” para o Estado, pois dos imigrantes vinham mão de obra barata.
“Na região Norte, em razão das especificidades da floresta amazônica, desenvolveu-se a indústria extrativista, cuja importância econômica aumentou a partir de 1870 em virtude da demanda pela borracha. No ano de 1877, ocorreu no Nordeste a seca que, além de dizimar milhares de pessoas, transformou outros milhares em migrantes em busca de trabalho. Muitos desses migrantes foram levados como peões _ por gatos, mercadores de mão-de-obra _ para os seringais no interior da floresta, sendo submetidos à escravidão por dívida.” (p.17).
Comentário: Na história das secas cearenses nunca houve uma migração tão intensa como na seca de 1877, nem tanto sofrimento, três anos de seca, quando centenas de milhares de pessoas foram se refugiar em lugares menos afetados, como Aracati, Baturité, ou Fortaleza. Na capital da província, famílias maltrapilhas e famintas iam de porta em porta pedindo água e comida, roupas, invadiam plantios das casas nos arredores, moças se prostituíam para sobreviver. Milhares de cearenses emigraram para a Amazônia, tornando-se escravos por dívida nos seringais.
“Após o golpe de 1964, os militares seguiram fielmente as determinações da Law and Development e da Modernization of Law, cujas orientações destinavam-se aos programas de assistência