Glauber rocha - a sua influência no cinema novo brasileiro
Este paper foca a importância de Glauber Rocha no cinema novo brasileiro.
Destaca-se a forma como Glauber quis inovar o cinema brasileiro através de novas técnicas e estéticas, sabendo que o seu contributo foi com filmes que agora são obras primas no cinema.
São objecto de análise dois filmes de Glauber, a saber: “Deus e o Diabo na Terra do Sol “ e “Terra em Transe, cujo interesse reside no seu lado pragmático e “cruel” na forma como mostrou a realidade nua e crua do Brasil, ainda que na época tenham sido censurados e muito criticados nacionalmente; no entanto foram premiados na Europa e ainda são muito aplaudidos pois a sua obra complexa e provocadora ainda inquieta muitos cinéfilos e críticos.
É feita ainda uma abordagem comparativa com “Rio 40 Graus”, filme que marca o inicio desta nova corrente mais realista, mais económica e independente.
O Cinema Novo
Um dos mais notáveis movimentos do cinema mundial, contra as técnicas de filmagem e o monopólio da industria americana, ocorreu no Brasil, denominando-se Cinema Novo, movimento do cinema brasileiro que ocorreu entre 1955 e 1971.
Estávamos numa época em que o cinema brasileiro era uma espécie de paródia americana, denominada de Chanchada: tratavam-se de filmes comerciais mas que nada traziam de novo, destinando-se para as massas, consistindo maioritariamente em entretenimento. No entanto, eram os filmes americanos que esgotavam as salas, enquanto o pouco cinema brasileiro que havia era uma reprodução dos filmes dos Estados Unidos. Estávamos numa fase em que os cineastas produziam/ realizavam filmes por questões monetárias, não evidenciando qualquel preocupação com o valor cultural ou estético daqueles. Podemos afirmar que poderia tratar-se apenas de uma tentativa de lucrar com o cinema brasileiro, já que o cinema norte americano monopolizava tudo. Assim, os cineastas brasileiros limitavam-se a reproduzir filmes americanos, sem mostrarem originalidade e criatividade na concepção