O Cinema Novo Brasileiro
Influências - O Neo Realismo Italiano
O período significativo do neo-realismo italiano ocorreu quando Roberto Rossellini começou a fazer o seu filme Roma - Cidade Aberta em 1945, filmado no próprio local do fato ocorrido. A Itália tinha acabado de ser libertada e apresentava os seus aspectos pós-guerra. Antes da guerra o cinema italiano caminhava bem, mas sua produção cinematográfica caiu quando Mussolini subiu ao poder em 1923. O poder fascista desinteressa-se pelo cinema, acentuando a censura que já havia antes da guerra. Só a partir dos anos 30 que Mussolini, aborrecido com a supremacia do cinema americano e a sua influência na Itália, inicia um processo de liberação do cinema. O Conde Ciano, amigo de Mussolini e grande amante do cinema, alerta o ditador e propõe-se resolver o problema, o que o leva ao cargo de ministro da cultura em 1938. Neste período o cinema italiano é beneficiado pelo estado e a sua produção cresce sensivelmente a ponto da Itália se tornar, em 1942, o primeiro produtor europeu. Nesse ano são construídos os estúdios ultramodernos da Cinecittá, os festivais de Veneza e o centro experimental que se torna um lugar de contestação intelectual, abrindo as portas para o neo-realismo italiano. Um cinema de crítica social que descreve o real. As principais características do cinema italiano neo-realista são: a denúncia social; imagens cinzentas; filmes tipo documentário; valorização do conteúdo em detrimento da técnica; cenários naturais; atores não-profissionais; montagem simplificada e sem efeitos - filmagem da realidade. Os mais importantes filmes neo-realistas e seus diretores:
• Dois Dias Fora da Vida; (1942), Blasetti
• Obsessão (Luchino Visconti)
• Ladrões de Bicicleta (Vittorio de Sica)
• Roma Cidade Aberta (Roberto Rosselini)
• I Bambini ci Guordano (De Sica)
• Gente del Pó (Antoneoni)
• A Terra Treme (Visconti)
• Arroz Amargo (De Santos)
• Moinho do Rio Pó
• Viagem em Itália
• A Estrada