Gilberto velho
O problema de se colocar no lugar do outro são as barreiras psicológicas e sociais, dadas pelo condicionamento cultural e relações de poder. As sociedades complexas e hierarquizadas organizam as pessoas com estereótipos, o que pode fazer o pesquisador considerar o senso comum no estudo, e se comprometer pelo conhecimento superficial daquela cultura, transformando o exótico em familiar e o familiar em exótico, por esse fato não se pode esquecer que o conhecer depende da interação.
Com todos esses pontos, Gilberto Velho mostra a necessidade da relativização cada vez maior nos estudos antropológicos para observar o familiar para não haver estereótipos com uma interpretação preconceituosa do familiar porque a nossa subjetividade sempre está presente nas nossas interpretações.
Estamos sempre classificando familiaridades e exotismo partindo do principio que o que nos é familiar é conhecido e o exótico é desconhecido, mas o pesquisador deve se livrar do ato quase instintivo de classificar e julgar de acordo com os conceitos prefixados, ou seja, influenciado pela forma que fomos socializados.
Familiaridade não é conhecimento, e pode ser um impedimento se não for relativizado, tem que haver um processo de descoberta e análise do que é familiar. A comunicação de massa, pode frequentemente trazer noticias de sociedades distantes o que pode parecer familiar, porém há grupos em nossa própria sociedade que não é alvo da mídia e se torna