Os persas
Os persas formaram o maior império do Oriente Antigo, unificando vários povos do Crescente Fértil (região que englobava a Mesopotâmia, uma faixa de terra junto ao Mar Mediterrâneo e o nordeste da África). Habitavam o planalto do Irã, situado a leste da Mesopotâmia, uma região semi-árida, com montanhas, ricas em minerais, desertos e poucos vales férteis, de clima seco, com grandes oscilações de temperatura.
Fundador do Império Persa, Ciro, o Grande, após vencer os medos (tribos de origem ariana que migraram da Ásia Central para o planalto Iraniano) e reunir sob seu domínio todas as tribos que habitavam o planalto iraniano, conquistou os reinos da Lídia e as cidades gregas da Ásia Menor. Em 539 a.C., conquistou a Mesopotâmia. Ciro incorporou ao império toda a Mesopotâmia, a Fenícia e a Palestina.
Em 529 a.C., Ciro morre em combate e é sucedido pelo filho, Cambises, que com um grande exército conquistou o Egito, em 525 a.C., na batalha de Pelusa. Ao voltar para a Pérsia, Cambises morreu assassinado em uma revolta interna. Foi sucedido por Dario I (521-486 a .C.).
Dario I enfrentou diversas rebeliões dos povos dominados. A fim de combater as rebeliões, ele dividiu o Império Persa em 20 províncias denominadas Satrápias, e nomeou sátrapas, altos funcionários reais que iriam administrá-las e seriam responsáveis pela arrecadação dos impostos em seu território. Uma parte dos tributos, o sátrapa usava para manter a administração e o exército, a outra, ele enviava para o rei. Dario I organizou um eficiente sistema de correios e instituiu uma moeda, o dárico, cunhada em prata ou ouro, para facilitar as atividades comerciais.
O governo de Dario I não só marcou o apogeu do império (período compreendido entre o final do século VI a.C. e o início do século V a.C), mas também o início de sua decadência. O grande objetivo de Dario I era conquistar a Grécia; mas, em 490 a.C., foi derrotado pelas cidades gregas sob o comando de Atenas.