resenha Gilberto Velho
A vivência, observação participante e contato, conhecidos como métodos de pesquisa qualitativa são material indispensável para a antropologia, pois permite ao pesquisador um leque amplo de conclusões.
Gilberto Velho ressalta a idéia de por-se no lugar do outro, capturar as vivências, mas é um mergulho de profundidade difícil de ser precisado e delimitado em termos te tempo. Para “se por no lugar do outro” envolve distância social e psicológica. Da Matta citado no texto, estabeleceu uma propriedade a trajetória antropológica de transformar o “ exótico em familiar e o familiar em exótico”, ou seja, se familiarizar com outras culturas e perceber a diferença da nossa, elevando o nível de julgamento e conclusão antropológica.
A relação entre distância social e psicológica se torna nítida através de fatos sociais. Por exemplo, o que une os indivíduos, sejam esses de outras sociedades ou culturas, não é a distância de proximidade e sim as preferências, os gostos, as idiossincrasias.
Para comprovar isso, Gilberto Velho cita uma experiência, na qual, em uma mesa de almoço, ele e outras pessoas de países distintos, que não falavam todos a mesma língua, discutem os mesmos gostos, experiências, de uma forma tranquilamente compreendida entre eles. Falar a mesma língua não só exclui que existam grandes diferenças no vocabulário, mas que significados e interpretações distintas possam ser dadas às palavras. No entanto , Gilberto Velho, não falando inglês, mesmo assim, estabeleceu uma relação cultural com pessoas de países diferentes, que tinham experiências parecidas com as dele. E através de gestos e insinuações, acabou estabelecendo uma laço familiar com indivíduos que acabava