Gestão participativa
Monica de Carvalho e Silva monicacs@cos.ufrj.br Agosto '96 1. Introdução 2. Um Ensaio à Revisão Bibliografica Sobre a Participação na Gestão Organizacional 2.1. Significado e Conteúdo 2.2. Formas de Participação 2.3. Conflito e Poder 2.4. A Implementação da Gestão Participativa no Brasil 3. Conclusões 4. Referências Bibliográficas
1. Introdução
O objetivo deste trabalho é realizar um levantamento bibliográfico de forma a coletar na literatura, elementos que caracterizem a gestão participativa nas relações de produção. O tema participação está na ordem do dia na gestão organizacional. Com a crise do capitalismo no final da década de '70, a competição na produção torna-se acirrada. Adendando-se a este quadro o evento da globalização, em todo o contexto em que ela se configura, as formas de produção dão o tom das modificações a serem implementadas, visando-se conquistar uma parcela do mercado e condições competitivas neste embate.
Todo o esforço teve de ser feito no sentido de produzir mais e melhor. Assim, uma reorganização geral da empresa, buscava o objetivo de atuar basicamente em torno de cinco eixos principais: a desburocratização das estruturas da empresa, a integração das atividades de concepção e produção, a melhoria do sistema de provisão dos subcontratados, e a reaproximação com os concessionários e a mobilização dos trabalhadores.
Sobre este último ponto, restava o questionamento de como fazê-lo. Como fazer o trabalhador cooperar com os objetivos do patronato? Através de pequenas gratificações ou bônus, promovidos pelo próprio patronato; ou de ganhos de caracter social e coletivo, conquistados pelos trabalhadores, várias foram as manifestações observadas deste fenômeno.
A grande dificuldade, durante um certo tempo, foi conseguir esclarecer, de fato, os ganhos e as perdas para os trabalhadores. Mas por que perda? Como poderíamos constatar perdas num processo de