gestão democrática
A preocupação nacional com a democratização da ges- tão escolar e a participação coletiva na construção de uma escola moderna está presente no Brasil desde a década de 30, haja vista que o Manifesto dos Pioneiros da Educação de 1932 enfatizava au- tonomia administrativa da escola em seus aspectos técnicos, admi- nistrativos e econômicos.
4 Ao discutir autonomia escolar, SantosFilho (1998) relaciona aos movimentos estudantis do final da década de 60 o fortalecimento de ações contundentes em prol da democrati- zação da administração educacional em todo o mundo ocidental.
Durante toda a década de 80, o ideal de gestão demo-crática da escola pública continua sendo perseguido nas várias con- ferências brasileiras de educação, organizadas pela Associação
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), As- sociação Nacional de Políticas e Administração da Educação
(Anpae), Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), Associ-ação Nacional de Educadores (Ande), Conselho Nacional de Secre- tários de Educação (Consed), União Nacional de Dirigentes Muni- cipais de Educação (Undime) e associações de classe.
Dentre as experiências voltadas para a gestão demo- crática participativa, via seleção de diretores de escolas públicas, destacam-se as que ocorreram em Minas Gerais, em Sergipe, no
Estado de São Paulo, em Santa Catarina, e nas cidades de PortoAlegre, Maringá e em muitas outras cidades e municípios brasilei-ros. Desde a década de 80, são registradas ações em prol de umagestão participativa. Iniciativas similares são cada vez mais freqüen- tes e assumem formas inovadoras (Santos Filho, 1998).
Sobre esse tema, Willower e Forsyth (1999) revê a lite- ratura construída nos Estados Unidos. Eles relatam que a gestão democrático-participativa da escola pública já era um valor consensual na sociedade americana desde os primórdios da forma- ção da República dos Estados Unidos da América do Norte. Eles