Gestão de pessoas
Para aprendermos melhor porque chegamos onde estamos é necessária uma recordação breve de como era o trabalho. Peço ao leitor que atente para o fato de que esta perspectiva histórica é oferecida com base nos estudos de Albert Cherns (1982) e Malvezzi (2010).
Até aproximadamente 1700 o trabalho era algo artesanal e produzido sob demanda exclusiva com a prática do escambo como movimentação financeira predominante. A figura do homem trabalhador era o artesão1 que tinha as competências para desenvolver seus produtos manufaturados em troca de nutrimentos básicos para sua sobrevivência. Na Inglaterra por volta de 1715 (início do século XVIII) a população inicia um crescimento exponencial extremamente veloz e a crescente demanda por produtos institui a escassez de matéria prima (como lã e algodão, por exemplo) para os trabalhadores da manufatura. Eis que aqueles detentores de maiores posses, pela primeira vez, tiveram a idéia de, então, adquirir matéria prima em maior quantidade para armazenar e, durante os momentos de escassez, oferecer aos artesãos que fabricassem produtos para eles (trabalhassem como empregados). Desta forma os artesãos não mais produziriam seus próprios produtos, ao invés disso, seriam remunerados por