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Uma vida dedicada à pintura Em 1539, no entanto, já se estabelecera como pintor, e voltou de uma viagem a Roma impressionado com a obra de Michelangelo. Após pintar afrescos para a igreja de Santa Maria dell'Orto, recebeu em 1548 a encomenda de decorar a Scuola di San Marco, trabalho que lhe valeu grande fama. Em 1550 casou-se com a filha de um banqueiro e até o fim da vida dedicou-se somente à pintura.
Renascentista, barroco ou maneirista ?
Durante muito tempo Tintoretto foi classificado como o último pintor renascentista; passou depois a ser considerado o primeiro mestre da pintura barroca; hoje é apontado como grande vulto do maneirismo. É difícil classificá-lo com precisão, pois em sua obra existem exemplos das três correntes. O pintor preocupou-se igualmente com a forma e com a cor, numa síntese florentino-veneziana que para outro mestre teria sido impossível. Segundo a tradição, teria escrito na porta do seu ateliê: "Desenho de Michelangelo e colorido de Ticiano."
Um mestre da cor A obra de Tintoretto está concentrada sobretudo em Veneza, mas seus quadros a óleo escureceram, em parte porque ele não costumava reforçar o branco das telas antes de pintar as cores escuras. Suas obras, altamente dramáticas, fogem à placidez e regularidade da composição renascentista. A fama de que desfrutou o pintor como mestre do colorido, a despeito da deterioração de seus óleos, sobrevive em função da alta qualidade emocional das telas.
O furioso A dramaticidade dos quadros de Tintoretto somente pode ser equiparada a sua inesgotável atividade; daí seu outro apelido da época, "Il Furioso". Autodidata, a princípio estudou e copiou obras de Michelangelo e Sansovino. Executou trabalhos