Funções executivas
Funções Executivas
Introdução
Sistemas Funcionais
As abordagens que envolvem as actividades mentais/cognitivas, como formas conscientes de representação, são resultantes de um conjunto de funções, que, por sua vez, englobam outras tantas funções menores, específicas, que na totalidade de suas interacções levam o indivíduo a pensar, agir e inserir-se no mundo social.
De acordo com a teoria de Luria (1981), as funções mais elementares podem ser localizadas, mas os processos mentais geralmente envolvem zonas ou sistemas que actuam em conjunto, embora se situem, frequentemente, em áreas distintas e distantes do cérebro (Cosenza, Fuentes e Mally-Diniz, 2008). Segundo a teoria do autor, o sistema funcional complexo estaria organizado em três unidades:
* Unidade de atenção * Unidade sensorial * Unidade de planeamento
Luria afirmou que as acções voluntárias são sistemas funcionais constituídos por uma complexa “constelação dinâmica” de zonas cerebrais. Estas, trabalhando de uma forma coordenada, dando cada uma a sua contribuição para o resultado total. A compreensão dos processos mentais como sistemas funcionais de alta complexidade, houve um grande avanço na área da neuropsicologia, trazendo à tona questões até então desconhecidas. O foco de estudo virou-se, então, para a forma como cérebro é capaz de se organizar em unidades, que desempenham processos como “obter”, “processar”, “armazenar” as informações, e programar, verificar e regular as actividades mentais.
Funções Executivas
A mente humana é um grande processador de informações, fazendo-o de forma automática ou controlada. Aquilo que se torna supra aprendido, por ter sido repetido diversas vezes, é entendido pelo nosso cérebro como um processo automático (ex: andar de bicicleta ou atar os sapatos aos 20 anos de idade, tendo aprendido na infância). Já as actividades mais complexas, como resolver uma equação matemática ou aprender a conduzir, exigem um processamento