Neurofisiologia e funções executivas

Para compreender a importância e o papel das funções executivas na organização e efetivo processamento da aprendizagem no indivíduo, em especial na criança, é importante situá-las dentro do funcionamento do sistema nervoso.
A compreensão sobre as bases neurobiológicas da aprendizagem é conquista do que se conhece hoje como ciência psicológica, entre outras áreas (neurobiogenética, por exemplo) que tem em Luria um de seus precursores. Graças às pesquisas nessa área, hoje é possível realizar diagnóstico mais preciso nas psicopatologias.

O Sistema Nervoso (SN)e suas funções

O ponto de partida é compreender que sem ele (SN) o organismo não funciona, ou seja, é ele quem coordena todos os demais sistemas. A partir da 3ª semana de gestão, sua formação já está iniciada e esse processo só se consolida na fase adulta, ou seja, em torno dos vinte anos, com a finalização do processo de mielinização.
Mas vejamos, inicialmente as estruturas gerais que o compõem e suas responsabilidades funcionais.
Divide-se em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP), cada um com suas subdivisões.
A composição do SNC inclui as estruturas da caixa craniana (integrantes do encéfalo) mais a medula.
O telencéfalo – dividido, para melhor compreensão de suas funções, em lobos frontal (planejamento consciente e motor), temporal (memória e audição), parietal (sentidos corporal e espacial) e occipital (visão) – é parte constituinte do encéfalo. Abaixo dele o diencéfalo, composto pelo Tálamo, espécie de secretário do córtex, no controle da atenção para informações importantes, e Hipotálamo, que integra comportamentos (sistema límbico) e funções orgânicas. Junto com o epitálamo essas estruturas menores integram o meio exterior e outras áreas do SNC ao cérebro, atuando também no controle endócrino e de homeostase.
O tronco encefálico (ponte, mesencéfalo e bulbo) correlaciona a função dos nervos cranianos e funções autônomas (de vida vegetativa). Nele estão