FUNÇAO SOCIAL DA ESCOLA
No Brasil, a Educação Especial configurou-se por muito tempo como um sistema de atendimento segregado de ensino, ou seja, um sistema paralelo em que os alunos com deficiências cognitivas e/ou sensoriais eram atendidos separadamente do ensino regular. Esse modelo perdurou até a segunda metade da década de 1990, quando então houve a redefinição nessa estrutura através da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), cujo documento demanda que os Estados garantam que a educação de pessoas portadoras de necessidades especiais de aprendizagem seja parte integrante do sistema educacional regular, e que estas instituições de ensino em relação aos alunos especiais, devam a eles se adaptarem. Assim é concedido o direito dos alunos na condição de deficiência, a frequentarem uma escola de ensino regular e ter assegurado o direito de interagir com os demais estudantes. Segundo Vygotsky: o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio da interação social.
Diante disso, iniciou-se a busca de uma nova preparação, que seja adequada para o atendimento dessas pessoas com necessidades especiais, na proposição de sua plena integração social e educacional. Para que seja logrado êxito, nesse viés, duas correntes de pesquisas foram destacadas. A primeira voltada para a Psicologia da Aprendizagem, na qual envolvem aplicações de métodos construtivistas de Piaget e Emília Ferrero e também aplicações do sócio-interacionismo de acordo com Vygotski. Essa corrente foca maturar as potencialidades de aprendizagem através da interatividade com questões que mobilizam o pensar. E a outra corrente de pesquisa trata de aspectos “psicossociais”, incumbida de observar como as pessoas teriam receptividade na relação com o deficiente.
É formulado o conceito de escola inclusiva, que implica em uma nova postura da escola regular, na qual deva propor estratégias de ensino que ofereçam condições propícias à inclusão social. E para isso, a escola deve-se compor de profissionais