A função social da escola
A autora Cely do Socorro Costa Nunes neste presente artigo afirma que para compreendermos o fenômeno avaliativo e seus efeitos dentro da sala de aula se faz necessário o entendimento sobre binômio avaliação/ objetivos, que sem os quais não se pode compreender o trabalho pedagógico escolar.
Cely do Socorro sugere que para compreendermos o fenômeno educacional, devemos entendê- lo em sua contradição, a fim de ampliar o conceito de avaliação pertinente a esta instituição social. Os seus objetivos de ensino bem como o ato de ensinar estão inseridos num contexto conflituoso, no qual o conflito de classes mais abastadas e menos privilegiadas torna- se expressas nas opções política e metodológica, legitimando assim saberes e deslegitimando outros.
Ou seja, a escola exerce uma função seletiva devido às metodologias adotadas e aos conteúdos escolhidos, pois, “não consegue desvelar o cunho ideológico que existe neles tornando- os estáticos, cristalizados e divorciados das condições sócio- culturais dos seus alunos” (NUNES, p.17, 2000).
Neste sentido a escola esta em intensa relação com o os interesses e objetivos dos diferentes grupos sociais que dela participam, por vezes manifestos na opção política adotada no Projeto Político Pedagógico, que passa a corresponder aos objetivos e as expectativas de uma determinada classe social.
Legitimando alguns conhecimentos da área do saber e outros não, o que torna- se uma relação conflituosa entre o que se aprende, o que se avalia e os conhecimentos prévios de cada aluno, condição que desvela e oculta as posições antagônicas dos grupos sociais pertencentes a comunidades escolar.
Como bem evidenciou é a condição de classe social do aluno que irá determinar sua entrada, sua permanecia, eliminação dentro do sistema de ensino, sendo notório o fator de que a evasão escolar e a repetência são alimentadas, principalmente pelos alunos de classe