Função social da escola
Antigamente a escola servia apenas para os filhos dos mais ricos, o conteúdo ensinado era religião e a cultura dos aristocratas. Os filhos dos mais pobres tinham aulas em suas próprias casas e aprendiam trabalhos profissionais, caseiros, com objetivo de formação para o trabalho, porém sem qualificação. Com a Revolução Industrial surgiu à necessidade de uma mão de obra qualificada, que soubesse utilizar as máquinas, sendo assim, houve a necessidade de escolas que formassem esses trabalhadores, e as escolas passaram a atender todas as camadas sociais.
Até aproximadamente os anos 70 a relação entre escola e sociedade se dava de forma que a Escola não estava ligada a nenhuma classe social especificamente, servindo a todas sem distinção, pois não seguia o pensamento da elite, atuava de forma isolada, uma concepção que foi dominante no Brasil naquela época.
Surge a partir dos anos 70 uma relação entre escola e sociedade em que as elites sociais controlam a Escola, nessa concepção a Escola não teria autonomia, seguia as vontades da elite.
No início dos anos 80 acredita-se que a Escola pode servir como instrumento de mudança, a educação escolar e os professores passam a ter uma autonomia relativa estabelecendo uma relação de mão dupla com a sociedade.
A função da escola é complexa, para interagir com as contínuas evoluções precisa criar conexões entre o que aluno aprende nela e o que traz fora dela, conexões entre o ensino formal e o mundo do trabalho, como diria Freinet:
Em outras palavras, nós, educadores, precisamos ter o universo vivencial discente como principio (ponto de partida), de maneira a atingir uma meta (ponto de chegada) do processo pedagógico; afinal de contas, a prática educacional tem como objetivo central fazer avançar a capacidade de compreender e intervir na realidade para além do estágio presente, gerando autonomia e humanização.