fundamento da educação

sem verdades estabelecidas. Por isso, tendemos, a principio, a acreditar nas coisas, nas pessoas, e no mundo.
Essa ‘’ crença no mundo’’ Husserl denominou atitude e Merleau fé perceptiva. No cotidiano nos deparamos com novos conceito que despertam duvidas e certezas sobre aquilo que nos havia sido ensinando e até então colocávamos como verdadeiro.
E necessário se rever essas verdades para nascer a atitude critica, nesse sentido, podemos entender a filosofia como a consagração da busca pela verdade que motiva e caracteriza o ser humano.
O filósofo atesta que a necessária busca pela verdade só poderia ser empreendida a partir de um procedimento radical, que colocasse em suspenso toda forma de conhecimento previamente estabelecida e remodelar seus fundamentos. Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto; de modo que me era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências”.
A inquietação cartesiana, que o conduz ao famoso princípio do “penso, logo existo”, isto é, à consciência reflexiva ou ao sujeito como ponto de partida seguro e necessário para o conhecimento verdadeiro . Naturalmente, Descartes parte do pressuposto de que o conhecimento da verdade é perfeitamente possível – desde que se apliquem corretamente as orientações para “bem conduzir o espírito” nessa empreitada. “Ardemos no desejo de encontrar uma plataforma firme e uma base última e permanente para sobre ela construir uma torre que se erga até o infinito; mas os alicerces desmoronam e a terra se abre até o abismo”.
Claro, essa verdade, não é eterna; “a verdade não é uma moeda cunhada, pronta para ser entregue e embolsada sem mais”,