Funcionamento da lingua e oralidade
Adequação enunciativa ao gênero textual Quando um determinado gênero textual não atinge o objetivo de promover a interação entre os seus participantes, pode estar ocorrendo algum bloqueio no processo de interlocução. Se por um lado – nenhuma frase se enuncia sozinha –, tendo, portanto, um sujeito produtor do enunciado, por outro lado, o destinatário ou enunciatário da mensagem também é co-autor do que é exposto. Também sobre os diferentes enunciados, é importante sabermos que cada gênero discursivo irá pressupor uma adequação do nosso comportamento para que haja o intercâmbio social. Nesse sentido, atuamos como verdadeiros “atores” nos diferentes cenários da enunciação Quando não há o estabelecimento da interação entre os participantes da comunicação na realidade ocorre uma falta de adequação dos papéis que deveriam ser desenvolvidos pelo enunciador e pelo enunciatário da mensagem. Por conta dessa peculiaridade na construção dos enunciatários, há um conflito entre os limites de entendimento do leitor “real” dos textos analisados e do enunciatário idealizado pelo produtor dos enunciados. Esse conflito pode ser evidenciado através de alguns conteúdos expostos na superfície textual, que denotarão essa não compatibilidade entre os sujeitos participantes da enunciação.
Construção lingüística da superfície textual: coesão e coerência
O texto é produzido através da organização de palavras que se unem, adequadamente, umas às outras. Assim, os termos vão formando uma oração, e as orações vão constituir períodos. Essa união ou ligação entre os elementos de um texto deve apresentar um sentido lógico, coerente; para isso é necessário observar as relações semânticas existentes entre eles. Na verdade, há uma relação de dependência entre os termos e as orações que se estabelece pela coordenação ou subordinação das idéias. Um texto torna-se bem construído e coeso quando usamos os elementos gramaticais ou coesivos (conjunções,