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A filosofia de Frege
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A filosofia de Frege
A filosofia de Frege por Roger Scruton
Não há maior prova do fato de que a história da filosofia precisa ser constantemente reescrita do que a mudança de perspectiva que se seguiu à recente descoberta da importância de Gottlob Frege. Nascido em
1848, mas não trazendo marcas das convulsões políticas daquele ano, Frege viveu e ensinou em Jena de
1874 a 1914, levando uma vida acadêmica reclusa, desligado de questões mundanas. Quando morreu, em
1925, um lógico moderno escreveu: "Eu estava para colar grau, já interessado em lógica, e acho que teria percebido se tivesse havido discursos ou artigos publicados naquele ano em seu louvor. Mas não consigo me lembrar de nada desse tipo."
Apesar desse descaso (ele viveu à sombra da nova fenomenologia), Frege angariou a admiração de Russell e de Wittgenstein, cujos respectivos pensamentos foram formados e transformados na luta com os problemas e concepções que ele lhes havia legado. Em seu próprio país, sua obra passou despercebida, e foi só durante os últimos vinte anos que ficou evidente que Frege foi não apenas o verdadeiro fundador da lógica moderna, mas também um dos maiores filósofos do final do século XIX. Ele não teve o alcance de Mill, Brentano ou
Husserl; mas o que lhe faltou em extensão, ele compensou em profundidade, e sua ocorrência numa época em que a filosofia estava em grave necessidade de uma mente que pudesse se concentrarem questões fundamentais garantiu tanto sua eventual fama quanto seu esquecimento contemporâneo. As conquistas de
Frege foram, primeiro, derrubar a lógica aristotélica que, de uma forma ou de outra, dominava a filosofia ocidental desde o tempo da Antigüidade; segundo, lançar as fundações para a moderna filosofia da