Filme Agonia e Êxtase
Faculdade de Comunicação Social
Curso de Jornalismo
Ana Livia Faria de Medeiros
Dissertação sobre o filme “Agonia e Êxtase”
Juiz de Fora
2013
O filme “Agonia e Êxtase” conta a história do artista italiano Michelangelo di Lodovico Bunarroti Simoni, ou simplesmente, Michelangelo, no momento em que foi incumbido pelo papa Júlio II de decorar o teto da Capela Sistina. Como não dominava as técnicas de pintura (era especializado em esculturas principalmente de mármore), rejeitou tal tarefa, mas sofreu com a pressão eclesiástica ao ponto de ser necessário fugir para Carrara onde teve uma epifania ao contemplar a própria criação divina através de sua intuição humana de afetividade. Sendo assim, Michelangelo decide retomar seu trabalho, desenvolvendo-o a partir de suas próprias concepções artísticas e interpretativas tendo de enfrentar as ideias conservadoras do clero que de certa forma podavam sua criatividade e sensibilidade. Durante o desenvolvimento da obra do teto da Capela Sistina fora inúmeras vezes ameaçado com sua substituição pelo também artista renascentista Rafael Sanzio (1483-1520). Foi um longo período de execução sem data definida de término para desespero do papa que queria apresentar a obra aos fiéis. O processo todo durou quatro anos (1508 -1512), tendo sido um período tortuoso e de extrema pressão pelas incessantes cobranças do papa e pela antipatia do arquiteto Donato di Angelo del Pasciuccio, conhecido como Bramante (1444-1514).
O filme apresenta debates estético-artísticos e ideológicos importantes como a cena em que alguns cardeais criticam o trabalho de Michelangelo na capela Sistina: (...) “Libertino, obscenidade, vergonha! Este artista tira sua inspiração dos gregos, que glorificavam o corpo humano” (...).Além desta visão puritana, ainda havia, na mesma cena, outro cardeal que discordava da opinião anterior sem deixar de criticar Michelangelo:(...)"A falha dele está em ter se