Resenha do filme agonia e extase - michelangelo
O início do filme relata a inclinação de Michelangelo para as artes, mas o foco principal se dá quando o papa Júlio II o convida a pintar o teto da Capela Sistina, no Vaticano, em Roma. O filme descreve os conflitos e angústias vividas pelo artista renascentista ao se deparar com uma nova situação artística a qual ele não dominava com maestria, pois estava habituado a talhar o mármore e revelar grandes esculturas. Michelangelo não tinha segurança em relação à pintura, e assim entrou em grandes conflitos internos, porque não teve a opção de escolha entre fazer ou não, seu tempo de criação não foi respeitado e sofria grandes pressões, descontente com o trabalho podado e sem emoção que estava desenvolvendo resolveu abandonar tudo e sair de Roma partindo para um longo exílio em Carrara. O papa não aceita outro artista para realizar essa obra e resolve caçá-lo por toda a Itália. Michelangelo, em busca de sua verdade teve a inspiração contemplando a própria criação divina e partindo da sua intuição humana de afetividade, decidiu então retornar e retomar seu trabalho, desenvolvendo-o a partir de suas concepções, enfrentando o poder da igreja e as idéias conservadoras do papa que de certa forma podavam totalmente sua criatividade e sua sensibilidade. O papa por sua vez cede às vontades de Michelangelo porque tanto um como o outro queriam muito ver a arte concluída para representar a glória de Deus (e a do papa que a incentivara e a do artista que a criara...). Só então, Michelangelo conseguiu desenvolver algo que o satisfizesse, que ele se sentisse prazer ao fazer, que representasse realmente o que ele queria mostrar, um trabalho cheio de emoção, de sensibilidade, de amor, de beleza, e que justificasse as inúmeras horas que passava pendurado, deitado de costas, com pingos de tintas caindo sobre seus olhos e muitas vezes sem pagamento. Michelangelo se envolveu tão profundamente com esse trabalho que acabou ficando doente, pois continuou sendo muito